Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (07), representantes da União Paranaense dos Estudantes e da Prefeitura de Curitiba entraram em um acordo sobre a permanência da sede da instituição estudantil no prédio histórico da Rua Carlos Cavalcanti. Os estudantes já saíram da reunião com um documento que autoriza a reabertura das contas de água e luz do imóvel. No encontro a Prefeitura estava representada pela Procuradora Geral do Município Claudine Bettes, Airton Sozzi representando a Secretaria de Governo e o Diretor do Patrimônio Marcelo Bremer.

A reunião foi marcada por intermédio de vereadores que, na tarde de segunda-feira (06) foram a uma reunião na sede da UPE após a ida da Guarda Municipal ao local.

O vereador e ex-líder estudantil, Paulo Salamuni (PV), que esteve nas duas reuniões e representou a Câmara Municipal, avalia o entendimento entre as instituições com otimismo. “Há interesse, tanto da UPE quanto da Prefeitura, de que o casarão continue sendo a sede do movimento estudantil Paranaense. O acordo é fruto de um diálogo sensato, que visa à conservação do imóvel e a autonomia da UPE. O que há, agora, é a necessidade de ajustes legais, que, como se viu nesta reunião, serão resolvidos com tranqüilidade”.

A reunião contou com a presença do Deputado Estadual Professor Lemos(PT), que representou a Assembleia Legislativa.

Ainda nessa semana a prefeitura vai passar à UPE uma lista de documentos e de exigências a serem cumpridas em relação ao imóvel. Assim que os estudantes providenciarem o que a lei determina, a permissão de uso e o termo de posse definitivo serão elaborados. Ficou marcada para o fim deste mês uma reunião para assinatura da minuta deste termo.
De acordo com Rafael Bogoni, presidente da União Paranaense dos Estudantes, já foram providenciados todos os documentos solicitados até agora e os estudantes estão dispostos a fornecer todos os outros que a Prefeitura solicitar.

O Imóvel

O casarão, localizado na Rua Carlos Cavalcanti, foi construído em 1918 e doado à UPE na década de 1940. Após ser retomado pelo governo militar na época da ditadura, o imóvel foi devolvido aos estudantes na década de 1980. Desde então à UPE usa o casarão como sede, por meio de um acordo feito com o Governo do Estado, então proprietário do imóvel. Em 2002, entretanto, a propriedade do casarão foi passada ao Governo Municipal. Os estudantes continuaram no imóvel, mas sem uma garantia legal de posse.