O primeiro painel do segundo dia do Fórum Mundial da bicicleta apresentou a situação do modal na cidade de Porto Alegre. Participaram do debate o urbanista e técnico da Empresa Pública de Transporte e Circulação da capital Gaúcha, Régulo Ferrari, e a urbanista inglesa especialista em mobilidade Fiona Roy, que já morou no Rio Grande do Sul.
Ferrari apresentou alguns dados que mostraram uma série de medidas institucionais que possibilitariam uma cidade mais preparada para a ciclomobilidade. Em 1981, por exemplo, foi elaborado um Plano Diretor Cicloviário em Porto Alegre que, apesar de não ter sido implantado, sinalizava um interesse do poder público municipal em disseminar a bicicleta como modal de transporte.
Já em 2008, 27 anos após a primeira tentativa, Porto Alegre promulgou seu Plano Diretor Cicloviário, um importante instrumento para colocar diretrizes na gestão da mobilidade urbana. Além disso, Régulo contou que em 1997 foi aprovada uma lei municipal que institui a semana da bicicleta.
Entretanto, de acordo com os ciclistas, estas medidas institucionais não têm sido suficiente para garantir a qualidade do deslocamento por meio de bicicletas. Ao fim do painel, quando a palavra foi aberta ao público, manifestações contrárias às ações da prefeitura foram unânimes. A principal reivindicação é por medidas práticas, por obras que efetivamente possibilitem deslocamentos seguros e atrativos na capital.
Fiona Roy, urbanista inglesa, usou seu tempo para questionar o representante da prefeitura sobre estas já citadas medidas efetivas, atendo-se às características técnicas das ciclovias e às dificuldades de pedalar no centro da cidade.
Quem abriu este debate foi o prefeito de Porto Alegre José Fortunati (PDT), que deixou o evento logo após seu discurso.
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