Os vereadores da Câmara de Curitiba mantiveram, na sessão plenária desta terça-feira (28), o veto do prefeito à emenda ao artigo 8° do Projeto de Lei que disciplina o comércio de animais em Curitiba. O artigo dizia que “os estabelecimentos comerciais de animais vivos do município de Curitiba somente podem comercializar, permutar ou doar animais microchipados e esterilizados”.

De acordo com o manifesto divulgado pelas organizações de defesa dos direitos dos animais de Curitiba , esse veto é prejudicial à cidade. “A proposta que defendemos é de que os animais comercializados, permutados ou colocados para adoção já estejam esterilizados”.   De acordo com o grupo, essa atitude faz com que animais que eventualmente venham a ser abandonados não possam se reproduzir e gerar mais animais de rua.

Outro ponto apontado por Tosca Zamboni, presidente da SOS Bicho, é a contradição que há entre o veto e a aceitação do artigo 11, que prevê que animais para a doação devem ser esterilizados.  “Por que permitir que o comerciante venda animais não esterilizados se o doador deve doar apenas bichos esterilizados? É uma contradição que aponta a falta de um debate aprofundado sobre o veto”, disse Zamboni.

Para o vereador Paulo Salamuni, que votou pela derrubada do veto do prefeito, os legisladores deveriam ter a humildade para escutar a opinião das pessoas que doam seu tempo aos animais. “São pessoas que dedicam a vida a esta causa sem nenhum objetivo comercial, é um interesse sincero no bem estar dos animais. Os vereadores não deveriam ignorar estas vozes para se alinharem incondicionalmente ao veto do prefeito”, afirmou”.