Aconteceu na manhã deste sábado, na Boca Maldita, uma manifestação em defesa da criação da CPI dos radares. Durante o ato foi inaugurado um painel com o nome dos 38 vereadores de Curitiba e o posicionamento de cada um deles em relação à criação da CPI. Até agora, apenas 8 parlamentares assinaram o documento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Ao mesmo tempo estava acontecendo na Rua XV uma manifestação dos familiares de vítimas de acidentes de trânsito. Por terem objetivos parecidos, as manifestações acabaram por se unir. Cristiane Yared, mãe de um dos jovens mortos há dois anos no acidente que envolveu o ex-deputado Fernando Ribas Carlo Filho, disse que essa CPI deve ser criada para que outras famílias não tenham que passar pelo seu sofrimento. Cristiane parabenizou os vereadores que aderiram à comissão e cobrou a assinatura dos outros.
Na manifestação estavam presentes alguns desses parlamentares: Paulo Salamuni, Algaci Túlio, Noemia Rocha, Professora Josete, Jony Stica e Pedro Paulo. Para o vereador Paulo Salamuni, que é um parlamentar independente na Câmara, é essencial que essa CPI seja instaurada, por que assim será possível aprofundar as investigações sobre a Consilux, empresa responsável pelos radares, para assim, averiguada a situação, tomar as providências cabíveis. Salamuni acrescentou que “para quem não deve, uma CPI nunca é demais”.
Para que a CPI seja criada são necessárias 13 assinaturas. O número de parlamentares que assinaram já foi de 11, entretanto, Jair Cézar, Denílson Pires e Professor Galdino retiraram suas assinaturas, dificultando ainda mais a implementação da comissão.
O evento da manhã deste sábado foi organizado pela Femotiba, Federação das Associações de Moradores de Curitiba. Edson Feltrin, presidente da associação, disse que esse painel é importante para valorizar os vereadores que atuam junto à população e para tornar mais transparentes os processos decisórios no legislativo municipal.
O caso Consilux
A empresa era a responsável pelo gerenciamento dos radares na cidade de Curitiba. Uma reportagem exibida em rede nacional mostrou um diretor da empresa dizendo que era possível apagar multas do sistema. Após as denúncias a prefeitura de Curitiba rompeu o contrato com a empresa e criou uma comissão responsável pela investigação do caso. Entretanto, essa comissão do executivo não anula a criação da CPI no legislativo. Para Paulo Salamuni, é obrigação da Câmara investigar a situação dos radares em Curitiba para, desta forma, garantir à população um sistema justo de fiscalização eletrônica.
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