Em audiência pública na Câmara de Curitiba, na sessão desta segunda-feira (26), a Secretaria Municipal da Saúde demonstrou a execução orçamentária de R$ 482 milhões nos primeiros quatro meses deste ano. O relatório foi apresentado pelo titular da pasta, Adriano Massuda, na qualidade de gestor do SUS na capital. Segundo ele, houve um “grande esforço”, principalmente em abril, para saldar dívidas junto aos hospitais. “A situação está praticamente equalizada”, garantiu.
O secretário também atualizou a dotação orçamentária para 2014: R$ 1.422.594, R$ 393 mil a mais que a previsão inicial. Como avanços do SUS municipal, Massuda citou o aumento do número de profissionais, a aprovação da jornada de 30 horas para determinadas carreiras (leia mais), projetos para ampliação da infraestrutura (como a construção de dois hospitais), crescimento das auditorias, convênios com o Ministério da Saúde, expansão das equipes de saúde da família e o reconhecimento do programa Consultórios de Rua, implantado em agosto do ano passado.
Ele defendeu, novamente, os investimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Em relação ao primeiro quadrimestre de 2013, já são dez novas UBSs com o horário de funcionamento ampliado para as 22h, contemplando todos os distritos sanitários. A população à noite só tinha as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que, se ficam sobrecarregadas, deixam de fazer bem o atendimento das urgências”, explicou.
Massuda destacou, ainda, avanços na área da saúde mental. À presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte, Noemia Rocha (PMDB), o gestor chamou a atenção para o aumento de leitos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Dos 12 equipamentos, sete já operam em período integral.
Desafios
“O relatório foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde. Registramos aqui os desafios do dia a dia da saúde pública. Operamos no limite de sua capacidade”, ponderou o secretário. Nos desafios da pasta, o gestor do SUS em Curitiba enumerou como problemas a falta de leitos hospitalares, equalização do estoque de remédios e a demanda por consultas especializadas.
|