O prefeito Gustavo Fruet (PDT) confirmou na sexta-feira (5) o nome do vereador Paulo Salamuni (PV) como vice na equipe que tenta a reeleição. Independentemente do resultado do pleito de outubro, o vereador irá interromper a segunda maior sequência entre os membros da Câmara Municipal - com sete mandatos consecutivos, ele divide o mesmo tempo de casa com Aldemir Manfron (PP) e Tito Zeglin (PDT). Os três perdem apenas para Jairo Marcelino (PSD), que completa no final de 2016 seu oitavo mandato no Legislativo e já garantiu que irá concorrer mais uma vez.
Salamuni nunca foi eleito para cargo no Executivo, mas chegou a concorrer ao governo do Paraná, em 2010. Na ocasião, foi derrotado por Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), ficando em terceiro lugar. Quatro anos antes, Salamuni concorreu ao Senado, também pelo PV, mas acabou em quinto lugar na disputa paranaense, atrás de José Roberto Sandoval (PSC), Luiz Felipe Mussi (PPS), Gleisi Hoffmann (PT) e Alvaro Dias (à época no PSDB). Ele está no Partido Verde desde 2005 – antes era filiado ao PMDB, pelo qual militou na juventude.
O político do PV é vereador desde 1991, quando assumiu como suplente. Ele ocupou uma cadeira na Câmara em outras duas oportunidades como nesta mesma condição. Das sete legislaturas desde o começo dos anos 1990, quatro foram completas, com quatro anos seguidos de presença.
Além de vereador, o candidato a vice de Curitiba já foi secretário municipal de Desenvolvimento Social (1987-1988), presidente da União dos Vereadores do Paraná e secretário-geral da Associação de Câmaras e Vereadores do Paraná. Na Câmara da capital, ele foi líder do governo municipal, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e também já presidiu a Casa.
Salamuni substituirá Mirian Gonçalves (PT) na composição de chapa de Gustavo Fruet (PDT). O PT rompeu a aliança de 2012 com o atual prefeito e lançará candidato próprio neste ano, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT).
Na atual legislatura na Câmara, Salamuni apresentou sete Projetos de Lei Ordinária: dois deles englobam o título de cidade irmã (a um município islandês e outro vietnamita) e os outros dispõem sobre o Estatuto de Segurança Bancária, a Patrulha Maria da Penha, o Conselho Municipal da Saúde, o Dia das Crianças e Adolescentes e o calendário oficial para a coleta de resíduos. Ele não apresentou nenhum Projeto de Lei Complementar (que versa sobre matérias previstas na Constituição Federal) entre fevereiro de 2013 e julho de 2016.
Além disso, ele apresentou um Projeto de Lei Ordinária de alteração de denominação de bem público (pretende modificar a Rua Taquara, no Campo Comprido, para Rua Soldado Francisco Xavier de Freitas); quatro Projetos de Lei Ordinária de alteração de denominação de bem não especificado; dois Projetos de Cidadão Honorário de Curitiba; e nove Projetos de Declaração de Utilidade Pública, que englobam a Associação para a Solidariedade dos Haitianos no Brasil, o Instituto Princesa Benedikte, a Associação Inter-Religiosa de Educação, a Sociedade de Amigos Alfredo Andersen, o Grupo Escoteiro do Ar Bagozzi, o Instituto de Educação para a não violência, o Centro de Educação Infantil Oca Mirim, Instituto Pontapé Inicial e Associação dos Magistrados do Paraná - nenhum deles com tramitação conclusiva.
Outros projetos aprovados/arquivados
Ao longo das sete legislaturas na Câmara, Salamuni conviveu com diversas aprovações e arquivamentos. Entre as “barradas”, segundo seu site oficial, estão a proposta de inclusão de obras de arte em edificações de uso público ou coletivo e um programa que dispõe sobre o fornecimento de alimentos orgânicos na merenda escolar em todas as unidades educacionais da cidade.
No entanto, ele é autor de dois programas que estão em plena atividade na cidade: o que implementou o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso e o programa de gratuidade de acesso e uso de sanitários instalados em locais de domínio público.
Eriksson Denk, especial para a Gazeta do Povo [09/08/2016] [17h47]
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