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Salamuni recebe homenagem na Câmara Municipal |
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Homenageado, Paulo Salamuni diz ter orgulho de ser vereador de Curitiba |
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“Tenho um orgulho imenso de ser vereador de Curitiba. Eu faço isso com paixão”, disse Paulo Salamuni (PV) em plenário, nesta quarta-feira (14), após ser homenageado pelos parlamentares – ele deixa a Câmara após 22 anos de trabalho como vereador. “Quem me dera completar 40 anos de vida pública com esta retidão, pois nem todos vão conseguir isso”, parabenizou Pier Petruzziello (PTB), à frente da comemoração. “Ao me despedir”, respondeu Salamuni, “quero dizer que não cedemos às pressões aliciadoras, não nos desencaminhamos, nem desertamos”.
A homenagem tomou duas horas da sessão de hoje, a última desta legislatura. Em 2017, a Câmara retoma o trabalho com os novos vereadores, eleitos neste ano (leia mais). Salamuni não concorreu à reeleição, pois optou por ser vice na chapa de Gustavo Fruet (PDT) pela Prefeitura de Curitiba. “Você não perdeu, só ganhou”, comentou Pier, “foi convidado para ser vice de um prefeito honrado. Escolheu o caminho certo, o caminho do bem. Fez a escolha com a alma e com a consciência limpa”.
Pier entregou uma placa a Salamuni, elogiando o parlamentar e onde cumprimentava o vereador do PV “por ter tirado a Câmara de Vereadores das páginas policiais”. É um bordão repetido por Salamuni nesses quatro anos da legislatura, em referência às gestões com ele e Ailton Araújo na presidência do Legislativo, que sucederam a crise advinda da CPI dos Contratos de Publicidade. Visivelmente emocionado, Salamuni agradeceu a deferência dos vereadores.
“Eu vou levar você no meu coração para sempre”, disse Pier, após relatar as primeiras conversas com Salamuni, “duras”, “pois estávamos em lados opostos”. “Eu aprendi a ter paciência, a saber a hora de me posicionar, de recuar, de dialogar, de me reunir numa mesa seja quais fossem as reivindicações do povo. Você conseguiu fazer isso com brilho e amor. Há aqueles que entram na vida pública e saem escorraçados pela porta dos fundos. Há aqueles que saem pela porta da frente, por onde entraram”, emendou.
Ailton Araújo, do PSC, disse a Salamuni que na gestão anterior, quando ocupou a primeira secretaria da Câmara de Vereadores, só aceitou a indicação quando soube que o homenageado ocuparia a presidência. “Tinha que ser alguém com integridade, princípios, caráter e honestidade”, condicionou. “Tive a felicidade de conviver com o Salamuni em três legislaturas, apesar de a gente discordar em alguns momentos, mas sempre com respeito e consideração”, declarou Professora Josete (PT).
“[Salamuni] é um dos poucos políticos que frequenta a minha casa”, confessou Serginho do Posto (PSDB). “Eu o conhecia antes de vir para a Câmara, minha família ajudou na campanha do Salamuni para o Senado. Ele sempre foi parceiro, mesmo no período em que foi oposição”, completou o parlamentar, desejando felicidades a Salamuni. “Você tem muita coisa para fazer na vida profissional”, somou Felipe Braga Côrtes (PSD).
“Além de ser educado e inteligente, o Paulo [Salamuni] tem um bom humor incrível. Com mau humor não se chega a lugar nenhum”, comentou Julieta Reis (DEM). “Vai fazer falta”, disse Edson do Parolin (PDSB), “pois se tem uma pessoa que eu admiro [dentro da Câmara] é ele”. “Além dessa relação política, de confiança, temos uma amizade, que é o que a gente leva pela vida”, falou Pedro Paulo (PDT).
“Esta casa aqui é a minha família”, disse Salamuni, na tribuna, no momento de maior emoção. Foi quando ele repetiu que a direção da Câmara de Vereadores, nesta legislatura, “não cedeu às pressões aliciadoras”. Ele lembrou de servidores que, nas mudanças de gestão, passaram a tratá-lo com indiferença. “Mas eram atitudes que precisavam ser tomadas. Não há uma manchete contra esta Câmara”, defendeu-se.
Salamuni rememorou quando ingressou no Legislativo, suplente, em 23 de abril de 1991. “Meu pai [Riad Salamuni, que foi reitor da UFPR] me chamou e disse 'que os aplausos do início não se transformem em vaias no final”, comentou. “Eu entrei aqui jovem, incomodei demais”, brincou, antes de dizer que “o importante é ter o poder abaixo dos pés, para que nos eleve caso cresça, e não sobre a cabeça, pois somos frágeis, e pode ser que ele nos esmague”.
Revisão: Michelle Stival da Rocha
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba.
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