"Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores. Vivemos, oxalá possamos viver sempre, um processo eleitoral. Só há eleições onde há liberdade e onde há democracia, onde há a manifestação soberana do povo, lembrando que a constituição prevê que toda espécie de poder neste país emana do povo e em seu nome será exercido, temos, portanto, uma democracia representativa. Na impossibilidade do povo ir à praça pública dizer o que pensa, o que deseja, o que gostaria; elege os seus representantes por intermédio dos partidos para que em seu nome os represente nas três esferas de poder público: municipal, estadual e federal. Venho aqui para de certa forma desagravar um ex-colega nosso e deputado federal, o Gustavo Fruet, que tem sido agravado quando se diz que é incoerente, que traiu os seus princípios, etc. Ora, não é possível. O Gustavo Fruet sempre foi para todos nós, e isso é inegável, uma referência de pessoa na coisa pública, na vida pública. Não tem nenhum parente trabalhando na questão pública. Poderia ter sua irmã como secretária de Estado, ele próprio secretário. Não tem. Fez o que tinha que ser feito por ocasião do episódio dos Correios, que iniciou todo o processo do mensalão. Fez o que qualquer um de nós deveria ter feito, fez o que era correto. E o que é correto não tem cor ideológica, partidária. É correto ou não é correto. E agora o que acontece? A própria Situação tem uma dificuldade brutal na reeleição do Sr. Prefeito municipal. Para isso precisa mobilizar um exército enorme, recursos infindáveis, uma impressionante máquina para poder manter o atual Prefeito na faixa de vinte e cinco, vinte e seis pontos, quando tinha em suas fileiras um candidato que naquele momento sem máquina, e nenhum tipo de atividade liderava as pesquisas.
Qual acusação que fazem? Que o Gustavo se aliou ao Partido dos Trabalhadores. O PT foi coerente, porque foram buscar um candidato que sempre agiu como o Partido dos Trabalhadores sempre pregou, com coerência, com determinação, com firmeza, livre. Vereador Tito Zeglin, agora a incoerência é assim: acusa-se com panfletos apócrifos, dizendo que esse é o grande mal do Gustavo, e o Sr. Prefeito vem na televisão e põe um depoimento da Presidente Dilma, dizendo que ele é o melhor Prefeito, que tem o melhor projeto. Como é que se pode entender isso? Quer dizer, não é possível isso. Quando se pede um político como referência: Gustavo Fruet. Competência, Gustavo Fruet. Com padrão na Câmara Federal, todos, independente de oposição ou situação, tinham no gabinete dele sempre um respaldo, uma acolhida. De repente parece que tudo isso não vale. Aí dizer que é incoerente, quando o partido do Prefeito Luciano Ducci é do PSB, partido do Governador Eduardo Campos, que aliado de primeira hora da Presidente Dilma e do ex Presidente Lula. O que não pode, Vereador Algaci Túlio, é Curitiba ser transformada num departamento do Estado do Paraná. Como se fosse nomear o vigésimo segundo secretário. Curitiba é autodeterminada, tem um povo independente e ele é que deve escolher livremente quem vai ser o seu Prefeito, o seu coordenador e sua referência.
Portanto, em termos de coerência é preciso um debate franco, para vermos nessa balança de coerência quem é o mais e quem é o menos coerente. Desagravo o Partido dos Trabalhadores porque foram coerentes, foram buscar o melhor candidato para ser Prefeito da Cidade de Curitiba. Aquele que diz que está aliado ao partido, usa toda estrutura de partido com ministros, com verbas, para dizer que é ele o aliado, mas acusa o outro de ser aliado na campanha. Então, é preciso colocar o dedo na ferida e nos debates saber quem é coerente para a Cidade de Curitiba".
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