Vereadores de Curitiba fizeram, nesta quinta-feira (16), uma visita aos dois aterros sanitários que vêm recebendo o lixo de Curitiba e mais 19 cidades que compõem o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos. Esses dois aterros – um na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), outro em Fazenda Rio Grande – passaram a receber o lixo das cidades desde a interdição do Aterro da Caximba por esgotamento de sua capacidade, em novembro de 2010.

O primeiro aterro visitado foi o da empresa Essencis, na CIC, que recebe o lixo de grandes geradores. De acordo com o vereador Paulo Salamuni (PV), o poder público municipal deve reforçar as campanhas de separação de lixo, principalmente as campanhas voltadas às empresas. Segundo ele, os grandes geradores de lixo devem acompanhar rígidos princípios de separação. De acordo com dados da Essencis, 30% do que é recebido pela empresa como lixo comum poderia ser reciclado. Como a empresa recebe 100 toneladas de lixo por dia, o lixo mal separado recebido pela Essencis equivale a 30 toneladas diárias.

No segundo aterro, da Estre Ambiental, localizado em Fazenda Rio Grande, o mesmo problema foi constatado. A empresa recebe todo o lixo domiciliar do Consórcio, cerca de 2300 toneladas diárias. Segundo Pedro Stech, diretor técnico da Estre, o aterro poderia ter sobrevida de seis anos se o lixo tivesse separação correta em seu local de origem.

Estas duas empresas prestam serviços provisórios à Prefeitura de Curitiba. Isto porque há uma licitação, aberta em 2007, para a escolha da empresa que vai gerenciar o Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos de Curitiba (Sipar). Entretanto, por conta de duas ações judiciais, a licitação está aguardando decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.