O vereador Paulo Salamuni (PV) participou nesta sexta-feira (27) de uma audiência pública sobre a reforma política organizada pela Câmara dos Deputados. O evento, realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, visava à disseminação da discussão dos temas que compõem a reforma.

Os principais assuntos discutidos foram o financiamento público de campanha, o voto em lista partidária fechada e o fim da reeleição para o executivo com a extensão do mandato para cinco anos.

Em seu discurso, Paulo Salamuni alertou para um problema na elaboração de novas legislações no país: “No Brasil, para curar um vírus, corta-se a cabeça”. De acordo com Salamuni para que alguns aspectos das legislações sejam melhorados refaz-se toda a legislação, correndo o risco de piorá-la. Salamuni citou alguns exemplos para ilustrar seu argumento: a PEC dos vereadores, que foi concebida para diminuir o número de parlamentares por município de acordo com a população para diminuir o custo dos parlamentos municipais foi um desses exemplos. “No afã de diminuir os custos das Câmaras para a população, optou-se por diminuir o número de vereadores. Entretanto, a receita anual das Câmaras não foi diminuída. Ou seja, a despesa é a mesma, porém essa receita fica concentrada na mão de um número menor de parlamentares”, disse Salamuni.

De acordo com o vereador essa cautela é essencial na discussão de assuntos como o voto em lista fechada. Mudar a legislação vigente para uma que institui esse processo é uma ameaça ao processo democrático. “Partidos políticos são guetos, são ‘propriedades privadas’. É impossível instaurar esse sistema de votação enquanto as estruturas partidárias permanecerem tão arcaicas”. Para finalizar, o vereador comparou os partidos à obra “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde. Dorian Gray ao se olhar no espelho enxergava um príncipe, quando era, em verdade, encarquilhado e decrépito, assim como são os partidos hoje no país.

Audiência pública com a comunidade muçulmana

Ainda nesta sexta-feira (27), Salamuni visitou a Mesquita de Curitiba, acompanhado do vereador licenciado Omar Sabbag Filho. Na visita os vereadores entregaram ao professor Jamil Iskandar, presidente Sociedade Muçulmana Beneficente do Paraná, um voto de louvor aprovado por unanimidade da Câmara de Curitiba, em reconhecimento aos serviços que Iskandar vem prestando à sociedade curitibana.

No evento Paulo Salamuni sugeriu à comunidade Muçulmana a realização de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Curitiba em desagravo às ofensas que a comunidade tem sofrido no Paraná com a insinuação da existência de células terroristas em Foz do Iguaçu e Curitiba.