Foi instaurada na tarde desta segunda-feira (12) a Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, para investigar as denúncias de irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara Municipal de Curitiba. A CPI é composta por nove vereadores, sete deles são representantes do grupo majoritário da Casa, o mesmo do presidente João Cláudio Derosso (PSDB), o principal denunciado a ser investigado pela Comissão.
Essa correlação desequilibrada de forças na CPI agravou-se já em sua primeira reunião, quando foram eleitos seu presidente e relator. A presidência ficou com o vereador Emerson Prado, líder do PSDB na Câmara, e a relatoria com o vereador Denílson Pires (DEM). Ambos são aliados de João Cláudio Derosso. Desta forma, o bloco de oposição e os blocos independentes da Casa estão representados por apenas dois vereadores: Paulo Salamuni (PV) e Pedro Paulo (PT).
Para tentar equilibrar as forças entre os grupos políticos que integram a Comissão, a oposição apresentou, antes da instauração da CPI, um requerimento que pretendia aumentar o número de vereadores membros. O requerimento, entretanto, foi derrubado pelos vereadores da situação. Esse aumento no número de vagas garantiria a entrada de Algaci Túlio, líder da oposição na Casa e o proponente da Comissão.
Para o vereador Paulo Salamuni esta composição pouco representativa da CPI dificulta que seus objetivos sejam alcançados: “esta Comissão tem a obrigação de prezar pela transparência e de escancarar todos os fatos que sejam relevantes para a compreensão e elucidação das denúncias, um arranjo mais democrático e representativo das forças que compõem este parlamento seria essencial para garantir a efetividade destes trabalhos à sociedade”, disse.
Membros
A Comissão Parlamentar de Inquérito é composta pelos seguintes vereadores: Emerson Prado (PSDB); Denilson Pires (DEM); Nely Almeida (PSDB); Paulo Frote (PSDB); Tito Zeglin (PDT); Zé Maria (PPS) Zezinho do Sabará (PSB) e os dois únicos vereadores que não compõem a base aliada de João Cláudio Derosso na casa, Paulo Salamuni (PV) e Pedro Paulo (PT).
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