Aconteceu nesta quinta-feira (13) a oitiva dos quatro integrantes da Comissão de Licitação responsável pela elaboração do edital para contratação das empresas para os serviços de publicidade da Câmara de Curitiba. Esta é a segunda sessão da CPI dedicada aos depoimentos desses funcionários. A primeira delas teve seus efeitos suspensos por uma ordem judicial, em face de um mandado de segurança impetrado pelos vereadores Paulo Salamuni (PV) e Pedro Paulo (PT), concedido pelo juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública.
Os quatro funcionários da Câmara ouvidos prestaram esclarecimentos sobre a elaboração do edital de licitação e os critérios de avaliação das empresas inscritas. Washington Luiz Moreno, presidente da Comissão, reconheceu que houve um erro formal na elaboração do extrato do edital de licitação, que dizia que o contrato era de 12 meses – quando, na verdade, o próprio edital dizia 24 meses. Ele disse, entretanto que este erro não prejudicou o edital. “A prova disso é que nenhuma empresa interessada contestou o documento”, disse.
Para o vereador Paulo Salamuni, foi importante e proveitoso o fato de a reunião ter sido realizada pela segunda vez, aberta ao público e à imprensa. “Fazer esta sessão aberta é uma forma de envolver a população curitibana na apuração das denúncias, seja pela divulgação na imprensa, ou pela presença nas reuniões, os cidadãos têm condições de saber exatamente o serviço que está sendo feito”.
Salamuni ressaltou que por mais benéfica que tenha sido a intervenção judicial essa situação poderia ter sido resolvida pelos próprios vereadores, logo na primeira sessão, se eles tivessem garantido a publicidade da reunião. “Todo esse desgaste dos funcionários e dos próprios vereadores poderia ter sido evitado. É uma situação desconfortável para todos nós, porém, sempre que a transparência desse processo de investigação for ameaçada, não hesitaremos em recorrer às instâncias cabíveis”, garantiu Salamuni.
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