No depoimento do vereador João Cláudio Derosso à CPI, na noite desta quarta-feira (23), o vereador Paulo Salamuni manteve-se firme nos posicionamentos e questionamentos que levantou desde os inícios das investigações. Uma das perguntas de Salamuni à Derosso foi sobre a racionalidade de se gastar quase 34 milhões em verbas de publicidade de um Poder Legislativo Municipal e disse que, por determinação da Lei 8.666 – que rege as licitações –, Cláudia Queiróz Guedes não poderia ter participado deste certame licitatório.
“A função do vereador é legislar e fiscalizar. Se há indícios de problemas na Câmara Municipal de Curitiba, oriundos de onde sejam, é dever dos vereadores apurar, de forma ativa, estas denúncias”, disse Salamuni.
O vereador disse ainda que esta Comissão Parlamentar de Inquérito já alcançou duas vitórias importantes para a Câmara Municipal de Curitiba: a suspensão, ainda quem temporária, das novas licitações para contratar serviços de publicidade e a inserção de um artigo no projeto de revisão da Lei Orgânica Municipal, que veta a reeleição para qualquer cargo da mesa executiva do Legislativo Municipal. “Sem dúvidas a atuação desta CPI contribuiu muito para deixar clara a necessidade de se garantir a alternância do poder na Câmara. Este artigo 40 é uma resposta dos legisladores à sociedade”, enfatizou.
Quanto ao seu posicionamento sobre a condenação ou não do vereador Derosso, Salamuni salientou que o momento da CPI é de investigações, não de conclusões. “O Estado democrático de direito pressupõe as investigações, as acusações, a ampla e defesa e, por último, as condenações”.
“Nosso trabalho está sendo feito de forma a garantir subsídios para uma investigação judicial consistente. É essa minha incumbência como membro da CPI e é este o trabalho que tenho executado”, finalizou Salamuni.
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