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Zoológico ganha recinto para aves ameaçadas
Fora da área de visitação pública, o setor receberá visitas técnicas agendadas.
Fonte Paulo Salamuni - 11/03/2014 - 10h23min Imprimir
Zoológico ganha recinto para aves ameaçadas

Filhotes de papagaios-chauás (Amazona rhodocorytha) foram transferidos nesta quinta-feira (06) para um espaço recém-construído no Zoológico de Curitiba. Fora da área de visitação pública, o setor receberá visitas técnicas agendadas.

O novo recinto serve para manejo e reprodução de aves ameaçadas e é coordenado pelo ornitólogo Pedro Scherer Neto, renomado pesquisador de aves e responsável técnico pelo local.

“Este novo espaço, mais apropriado para o tratamento de aves raras e ameaçadas, confirma a vocação do Zoológico Municipal de Curitiba em abrigar animais resgatados em situação de risco”, informa o diretor do departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna, Alexander Biondo. A nova área tem aproximadamente 85 metros quadrados.

Biondo explica que os papagaios-chauás estavam anteriormente num recinto menor e com menos infraestrutura do zoo. Eles pertencem a uma das quatro espécies de papagaios do gênero Amazona considerados ameaçados de extinção no Brasil e são alvos de captura para o comércio ilegal de animais silvestres.

Além deles, outros dois papagaios foram encaminhados de outras áreas do zoo para o novo setor. “Algumas destas aves vieram de uma apreensão no Espirito Santo e outros nasceram no zoo de Curitiba”, diz o diretor. Todos foram tratados, vacinados e tiveram conferência de microchips.

Papagaio-chauá

Presente em algumas coleções de aves e em zoológicos, bem como em museus de história natural, a distribuição dos papagaios-chauás se restringe às áreas da região Sudeste, onde a cobertura vegetal arbórea foi praticamente dizimada.

O grupo de pesquisa liderado pelo ornitólogo Pedro Scherer conseguiu excelentes resultados no congresso de Ornitologia na Venezuela e venceu o prêmio no Simpósio Internacional sobre Papagaios nos Estados Unidos.

Como o prêmio era destinado a uma ação conservacionista em cativeiro, o recurso financeiro recebido da Fundação Loro Parque de Tenerife, a maior instituição particular destinada à exposição e criação de psitacídeos do mundo, foi utilizado para construir recintos para a reprodução desta espécie.

 
     


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